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História do Ciclismo no Brasil

HISTÓRIA DO CICLISMO NO BRASIL
 Esta postagem que você vai ler foi transcrita do original publicado em 1948, (pg.25, 26,27 e 28) pela CIA BRASIL EDITORA, composto e impresso em março de 1949 pela Gráfica Mercúrio S.A, Alameda Cleveland, 303, São Paulo, não existe referencia ao nome do autor. Postagem fiel ao texto original.

O Esporte do pedal é um dos esportes mais velhos praticados em toda parte tendo-se ainda a verificar que em alguns países goza de tanta popularidade como o futebol e o boxe. Entre-nos, o ciclismo nasceu como o Futebol em fins di século XIX: a paixão pelo futebol porem acabou por absolvê-lo aponto de fazê-lo desaparecer por muitos anos. Explica-se ainda tal fato no pouco desenvolvimento da bicicleta em nossos pais, onde não consegui impor-se e, por conseguinte não encontrou terreno favorável para sua difusão como esporte que aliais, é dos mais salutares.

Se o ciclismo entre nós não tivesse sido abandonado quando dos seus primeiros passos, hoje seria uma potência e certamente teríamos a supremacia no continente. Devemos lembrar que a primeira praça de esportes de São Paulo foi o Velódromo paulistano, com uma pista que no presente seria das mais perfeitas. Isso demonstra que o ciclismo nasceu aqui como esporte principal. No próprio interior, ainda agora, existem vestígios do ciclismo, pois alguns clubes foram fundados para a prática dele tendo até desenvolvido boa parte de sua existência em praticá-lo.
Não poucas foram as temporadas ciclísticas e os campões em outras épocas não só em nosso Estado, como até no Rio de Janeiro,onde os ciclistas de outrora marcaram feitos notáveis.presentemente,temos um bom punhado de ciclistas e clubes do gênero,além de uma entidade que cuida com interesse da sua difusão.O esporte do pedal,porem não consegui ainda a possibilidade de outros esportes,o que é pena.
È pena sim, porque o ciclismo é um esporte tão emocionante e salutar quanto os demais esportes e praticá-lo não é tão difícil, não requer dotes especiais. E um esporte ao alcance de todos, onde um praticante pode revelar-se com maior facilidade.
Muito contribuiu para que o ciclismo não evoluísse a principio como esporte popular entre nós, a questão clubistica surgidas mal este, antigo e daninho. Aliais os dissídios começaram desde os primeiros passos.
Assim é que o ciclismo teria sido posto de lado no Velódromo por incapacidade entre alguns de seus diretores... E passou da moda. Anos após anos reapareceu e parecia progredir. Surgiram vários clubes que fundaram uma liga, muitos foram os praticantes, mas, depois de alguns tampo, a rapaziada voltou a desanimar.
A história do nosso ciclismo diga-nos que varias foram às entidades e em vão alguns abnegados desprenderam o melhor dos seus esforços para dar-lhe rumo certo e progressista, Outros sem mentalidade necessária de tanto se apaixonarem pelos seus clubes acabara de se tornar dirigentes especializados na politicagem improdutiva e quem mais sofreu Foi o próprio ciclismo. Os próprios clubes não resistiam a tais lutas estéreis que somente trouxeram desanimo decadência e.. Morte. O único dos antigos que resistiu a todas as adversidades do ciclismo paulista foi o Brasil Esporte Clube, e decano dos nossos grêmios dessa modalidade.
Há 25 anos, mais ou menos (este texto foi plicado em 1949) houve uma nova arrancada do ciclismo. Voltou o entusiasmo, reorganizaram-se os clubes e apareceram vários praticantes. Foi quando a “Folha da Noite” lançou uma prova popular que fez grande sucesso, denominada de “Ciclo-Rustica”. (Também “II Picolo”, jornal italiano, muito fez pelo ciclismo ao fundador,em 1923, a corrida “Taça II Picolo” que se tornou clássica.) Surgiram ainda outras provas clássicas. Os clubes eram vários entre eles, alem do Brasil, a Sociedade Esportiva Paulista, que foi a grande rival do Brasil Esporte Clube, o ciclo Gerbi, o Velo Clube Ardanuy, Bom Retiro e homópteros de pequena projeção. Entre os “azes” conquistaram fama os irmãos Quaglia, Ardanuy, Ferrti, Antonio Rufino, Ferreira, Crispim Forti, Crilli, Campanha e outros, todos já afastados, com excreção de Artur Ferreira. Este período de ouro do pedal paulistano terminou mais ou menos em 1931.
Veio nova crise e deixaram de serem disputadas as melhores provas entre as quais a mais popular, a “Cicli-Rustica” diminuíram muito as atividades levando o nosso ciclismo uma vida bem modesta. Nesse nos obscuro período vãs foram cãs tentativas para se dar outros rumos a direção máxima. Os clubes foram se retraindo, aparecendo apenas um ou outro entre os quais o O.N. D e o Juventus. Foi então que começaram a se destacar Ferrer, Derthonio, Ghion, os Magnani, S.Bergano e outros que somente mais tarde começaram a ter estimulo para correr e progressos técnicos reais,


A prova “9 de Julho” fundada pela “A gazeta” em 1933 tirou finalmente o ciclismo da pobreza e do marasmo em que se achava, chamando a si novos praticantes, renovando valores e popularizando-o muito. A “9 de Julho” tornou se sem exagero algumas provas das provas esportivas mais populares do Brasil. Mesmo assim, grande foi a luta para se unir todos os clubes e acabar com a velha mentalidade reinante. O esforço de a “Gazeta” parecia pedidos perante os choques de interesse destrutivos e de questões mesquinhas pessoais. O ciclismo estava dividido, com duas entidades (e depois três) cada uma tentava de mover guerra contra a outra, resultando que as três nada faziam de util. A “9 de Julho”, porém foi à chama viva que não fez apagar-se novamente o entusiasmo pelo esporte de Bartali entre nós.

As dificuldades a serem vencidas para a paz foram muitas. No Rio – lá como em São Paulo havia cisão ( e ainda há) com não pouca influência.Durante esse novo e prejudicial dissídio houve a iniciativa de construção do Velódromo, coberto na rua Augusta, tentativa infeliz, pois, não tendo sido alcançado o objetivo visado,os seus proprietários fecharam o Velódromo,após três ou quatro reuniões.Procurou-se implantar o profissionalismo,, impossível para o nosso ambiente.Não existia meios para tal coisa no ciclismo local.A federação, a liga e a União nada faziam de pratico quando se chegou afinal ao desejado e salvador acordo.
Foi daí que nasceu em 15 de março de 1937 a Associação Paulista de Ciclismo, e depois de nova crise, a atual Federação Paulista de Ciclismo.
De norte a sul do país o ciclismo tem feito muito, ultimamente muito progresso, não só no terreno da difusão e propaganda como ao da organização Em quase todos os estados existem atualmente (1937...) numerosos clubes que dedicam suas atividades ao esporte do pedal, vários dos quais especializados, em cada cidade, reunidos sob a direção da entidade local.
Alem de São Paulo e Distrito Federal (sede do governo) Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do sul estão com o seu ciclismo em franca evolução. Ultimamente se desenvolveu em outros estados como Pernambuco e Pará, e mais recentemente na Bahia. Juiz de Fora foi. e continua sendo um dos maiores centros desse esporte. Curitiba também tem muitos praticantes, assim como porto alegre e Campos.
No Rio de Janeiro, o ciclismo nasceu há muito tempo, quase na mesma época que em São Paulo, porém não evoluiu tanto a princípio. Contudo sempre teve vida ativa embora sem ocupar lugar de destaque ao lado de outras modalidades, Não teve maior ajuda e também sofreu dos mesmos males do ciclismo Paulista. Progrediu lentamente, atingindo, porém nestes anos últimos anos, uma fase bastante movimentada com a fundação de novos clubes e aparecimento de novos valores organizando-se devidamente. Por isso cresceram muito as atividades elevando-se também os praticantes em quantidades e qualidade.
A prova máxima carioca é a “Volta do Distrito Federal”, prova do Jornal do Brasil, tendo, porém, as competições internacionais realizado ultimamente, maior repercução, como também, o Campeonato Brasileiro que muito puseram em evidencia a entidade oficial nacional.

Um comentário:

  1. Parabéns pelo artigo. O senhor conheceu Hilario Diegues?
    Bom deixo esse questionamento simples. Importante o texto, mas se perde pelo desmerecimento ao ciclista que postou a foto. Sem necessidade, ele tem a história dele e dos seus, e deve ser respeitada.

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